Historia
Em 1692, Bento Pereira de Souza Coutinho, num comunicado oficial ao Governador Geral do Brasil, ao referir-se ao itinerário dos bandeirantes paulistas em Minas Gerais, informou que as cabeceiras do rio Grande se localizavam no “Penedo dos Juruocas”. Aparecia então pela primeira vez o nome de Aiuruoca, que, ao longo do tempo, recebeu diversas designações paralelas, tais como Ieruoca, Jeruoca, Ieroca, Jaruoca e Ajuruoca. Em tupi, a palavra significa “a casa dos papagaios”, referindo-se aos numerosos ninhos dessa ave existentes em suas imediações (Papagaio do Peito Roxo - Amazona vinacea).
Por volta de 1706, João de Siqueira Afonso, bandeirante de Taubaté, após descobrir as minas do Sumidouro e as de Guarapiranga, seguiu pelo rio Grande até a serra dos Papagaios, fundando o arraial de Aiuruoca, junto às minas de mesmo nome. As notícias sobre o ouro atraíram para aquela região inúmeros exploradores, provocando o rápido crescimento do arraial. Com a escassez do ouro, a agricultura tornou-se uma necessidade para a vida econômica da região. Os que se obstinavam em garimpar ouro preferiram abandonar o local, ao passo que outros ali se fixaram, dedicando-se ao cultivo da terra e à criação de gado.
Segundo o Cônego Trindade (“Instituições de Igrejas no Bispado de Mariana”), a freguesia de Aiuruoca foi criada por ato episcopal em 1718 e declarada colativa por Alvará Régio de 16 de janeiro de 1722. Aiuruoca foi elevada à categoria de vila e sede municipal por ato do Regente Feijó, de 14 de agosto de 1834, e à categoria de cidade e sede de comarca pela Lei Provincial no 1.510, de 20 de julho de 1868. Segundo informação contida no “Almanaque de Minas Gerais” de 1873, a povoação primitiva começou cerca de um quilômetro a jusante de sua atual posição, no local denominado “Freguesia Velha”.